Conheça a estratégia da RFB para recuperar créditos tributários
- Jun 6, 2019
Foi publicado o “Plano Anual de Fiscalização de 2019”, que em sua 5ª edição, destina-se, de forma transparente, a prestar contas à sociedade sobre as ações promovidas pela fiscalização da Receita Federal do Brasil - RFB no exercício de 2018, sobre os valores das arrecadações, e apresentar as iniciativas para 2019. Dentre elas, está a recuperação de créditos tributários.
No Brasil, diariamente os contribuintes emitem on-line a NF-e, NFC-e, S@T, CT-e, MDF-e, mensalmente geram e transmitem a EFD-Contribuições (PIS/COFINS), EFD-ICMS/IPI, EFD-Reinf, e-Social (inclusive alguns eventos tem periodicidade menor). Por fim, anualmente, consolidam a contabilidade na ECD - Escrituração Contábil Digital e executam os ajustes para apuração do IRPJ e CSSL na ECF – Escrituração Contábil Fiscal, consequentemente, os dados tributários informados em cada uma das obrigações fiscais necessitam estar consistentes entre si, contemplar a tributação adequada por produto e estar em conformidade com o regime de apuração adotado pela empresa.
A emissão dos documentos on-line no Brasil iniciou-se em 2007, e deste então, os Estados e a própria RFB investem na capacitação dos auditores fiscais e em Tecnologia da Informação para auditar, validar e cruzar os dados transacionados no ambiente SPED – Sistema Público de Escrituração Digital.
Em 2017, foi iniciado o Projeto Fiscalizações de Alta Performance – Fape, que tem como objetivo incrementar a “presença fiscal digital” e alcançar o maior número possível de contribuintes utilizando processos de automação, uso de tecnologia e otimização do trabalho do Auditor Fiscal, e desta forma, impulsionar o aumento da arrecadação. Neste contexto, a partir de ferramentas próprias da RFB, aliadas à expertise dos auditores fiscais, a RFB vem desenvolvendo e aprimorando o uso da tecnologia para revisar a tributação e os procedimentos fiscais em larga escala.
Importante destacar que, apesar das fiscalizações presenciais serem mantidas, parte do tempo dos auditores fiscais serão despendidos em atividades estratégicas, planejamento e produção intelectual, gerando maior eficiência no processo de fiscalização através do Fape.
O projeto já apresentou resultados em 2018, sendo recuperados o valor de R$ 186,93 bilhões em créditos tributários, superando em 25,1% a estimativa estabelecida em 2017 (R$ 149,34 bilhões). Os grandes contribuintes “pessoas jurídicas”, participaram com 60% do total destas arrecadações. Outra análise interessante, refere-se aos valores médios das autuações, que cresceram de forma consistente, conforme demonstram os dados divulgados no relatório:
2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
9.073.115,50 | 8.682.090,09 | 12.418.417,46 | 13.073.715,76 | 17.415.354,68 | 21.925.092,20 |
De acordo com as análises da RFB, o crescimento dos valores recuperados por auditor fiscal, resulta de diversos fatores e das seguintes ações:
- Especialização das equipes de auditoria e de seleção dos sujeitos passivos contribuintes que serão fiscalizados;
- Investimento em tecnologia da informação que permite análise de um grande volume de informações com maior abrangência de detalhes;
- Melhoria na qualidade da seleção de contribuintes e na detecção de novas modalidades de infrações tributárias;
- Efetivo combate aos planejamentos tributários abusivos, normalmente executados por contribuintes com maior capacidade contributiva.
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Para aprofundar as demais ações e planejamento para 2019, recomenda-se a leitura na íntegra da publicação da RFB. Para ler, clique aqui.